Brinquedos infláveis, artistas circenses, danças folclóricas, DJ, bandinhas típicas e até um robô gigante de LED ocuparam o Parque da Oktoberfest nessa quarta-feira (19), durante a programação da Kindertag, conhecida como a Oktoberfest Infantil da festa. Quem participou do evento pôde ver aproximadamente 4 mil crianças com os olhos brilhando de felicidade, brincando, dançando e se divertindo. A programação foi destinada, principalmente, aos alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental de escolas de Igrejinha e região.
Foi o caso de Luis Fernando Soares Lima, de 9 anos, estudante do terceiro ano da Escola Estadual Abentulino Ramos, localizada no interior de Santo Antônio da Patrulha. Pela primeira vez na festa, ainda no início da tarde o menino já tinha circulado bastante pelo parque. “Fui no Tornado, no Samba, no parque inflável… e quero ir naquele foguete que gira”, contou, nomeando os brinquedos do parque de diversões. A diretora da escola, Carmem Patricia Flesch Mattos dos Santos, afirma que a vinda à Oktober oportuniza aos estudantes conhecerem uma nova cultura, muito diferente da açoriana, própria da cidade onde estudam. “Eles vêm do interior, são todos de uma comunidade bem simples, e nossa escola é no campo, então é fundamental, para o crescimento deles, se aproximar de outras culturas”, destaca, indicando que após a visita, cada professora trabalha com sua turma alguma atividade relacionada ao evento, seja na aula de Artes, com trabalhos artísticos, ou de Língua Portuguesa, com redações.
Cultivando tradições de geração em geração
O Kindertag teve entrada franca, a partir das 8h30, e a programação foi até às 17h30. Todas as crianças de entidades que confirmaram presença ganharam um lanche, um refrigerante e um ticket para o parque. A diretora cultural da Associação de Amigos da Oktoberfest de Igrejinha (AMIFEST), Liége Brussius, aponta que instituições de Igrejinha, Taquara, Parobé, Três Coroas e de outros municípios da região participaram da programação, com estudantes das redes municipal e estadual de ensino, além de instituições privadas. “Aproximar as crianças das nossas atividades tradicionais é fundamental para o futuro da festa. É a certeza de que nas próximas gerações isso vai continuar sendo preservado”, declara. A secretária de Educação de Igrejinha, Cristiane Veridiana Martin, pensa da mesma forma: “a cidade foi crescendo, e nem todos que moram em Igrejinha são de origem alemã, mas a festa faz com que a gente consiga continuar cultivando as tradições”, considera.
Quem representou a maior festa comunitária do Brasil durante o Kindertag foram o Bubchen e a Mädchen, dupla infantil que integra a corte ao lado da rainha, princesas e Seniorin (representante da terceira idade). Pedro Henrique Fontana, de 8 anos, e Liviah Sofia Roth, de 9, circularam pelo parque, tiraram fotos, brincaram, comeram e fizeram novas amizades. “É muito legal ver crianças de todas as cores e todos os tipos de cabelo brincando juntas e sem nenhum tipo de preconceito”, disse Liviah. “Hoje é o nosso dia; conhecemos muitos amigos novos aqui”, apontou Pedro Henrique. Os dois destacam a importância de integrar a corte: “É importante levar sorrisos para todos os lugares que a gente vai. Todo mundo merece carinho e felicidade”.
Pela primeira vez na festa: Oktober Dança
Novidade na programação da Oktoberfest, para completar e enriquecer ainda mais a programação desta quarta-feira, aconteceu a Noite Cultural – Oktober Dança, a partir das 19h, no Ginásio do Parque de Eventos Almiro Grings. As apresentações iniciaram pela dança alemã, com o Grupo de Dança Alemã Kirchleinburg; em seguida, o CTG Sentinela da Tradição apresentou a tradição gaúcha; depois a atração foi a Escola de Dança Suplés e, para fechar a noite, o Clube de Patinação Artes Sobre Rodas. A Coordenadora da Comissão Oktober Dança, Rosana Dienstmann, explica que a ideia de incluir essa nova atração na festa é valorizar os grupos de dança da cidade, e não apenas o que estão envolvidos diretamente com a tradição germânica, mas também com outras culturas. “A dança é a expressão maior de vida que a gente pode ter, é o sinal de que estamos vivos, e a ideia do Oktober Dança é exatamente essa”, ressalta.
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